quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Era

" Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. " (Machado de Assis)

Eu era assim faminta de novidades e nicotina. Curtia uns filmes antigos, um Los Hermanos para começar o dia, cerveja e Dresden Dolls para dormir.
Nós éramos seus amigos e seus jogos de video game com comidas caseiras.
Eu era guitarra, você é baixo.

Eu sou solo, você é banda.


quinta-feira, 8 de maio de 2014

Morrerei pobre e chorando com essa música no show

`Cause there`s this tune I`ve found, and makes me think of you somehow, and I played on repeat

Emotionally mindfucked

Não lido bem com finais.
Choro com o final de Friends e Sailor Moon até hoje (sim, Sailor Moon). Reassisto incansavelmente os episódios, leio coisas à respeito, tudo numa tentativa frustrada de tentar entender, de encontrar um motivo, de achar um culpado.
Procuro saber como as histórias foram criadas, quem eram os personagens antes de tomarem forma na minha vida. E eu nunca, nunca entendo, ou chego à uma conclusão.
E eu sei que deveria parar com essa obsessão, afinal de contas, a maior parte das histórias nem final tem... Mas não consigo. Uma parte de mim luta para não enlouquecer de ansiedade de buscar respostas para perguntas inconvenientes, e outra para não cair amargurada. Como diz o Carpinejar "Quem foge da fraqueza perde. Quem mergulha na fragilidade também perde".


Hoje comecei dois textos. Um sobre teorias do porquê as coisas são assim, e outro como eu queria que fosse. E na real, eu desisto.
Só quero deitar, puxar o cobertor mais pesado que minha vontade, ver tv, ler um livro, e esperar isso passar.

sábado, 3 de maio de 2014

I wanna have something to say when Bob Dylan asks "How does it feel".

domingo, 9 de março de 2014

Hoje ouvi a música do Tim Maia que ouvimos juntos por tanto tempo. Quando aconteciam aquelas festas com seus - nossos amigos.
Nunca me dou ao luxo de chorar e passar pelo sofrimento inteiro de quando um relacionamento termina... Para mim é simples, não tem pelo que chorar. Dói, mas a dor se torna tão racional que perde o sentido.
E eu gostava tanto de você. Chego a ter medo do futuro que em minha porta bate. Mas eu sei que ele vai ser bom.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Ninguém

Ela tem um riso... Aquele riso que só ela tem. Quase lembra tristeza, mas ela nunca deixa ninguém ver o que é o riso.
O rosto que nem ela sabe o que quer dizer, o olhar que ninguém sabe o que diz.
O olhar que não sabe quem é, mas sabe o que não gosta.

Vergonha. raiva, nojo. Tudo pode ser transmitido naquele riso, e ninguém, nem ela, vão saber o que significa.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Medo

Eu fico com vontade de te perguntar por que tem tanto medo?
Mas me lembro que deveria estar paralisada também.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Reflexão do dia #1

O problema de se apaixonar por alguém é que nunca estamos preparados para a saudade que vamos sentir de tudo que não aconteceu quando acaba.

sábado, 25 de janeiro de 2014

460


Todos os anos penso em escrever um texto todo sentimentalista falando do quanto amo São Paulo, e acabo não fazendo por preguiça. Todo mundo já faz isso mesmo, alguns melhor do que eu faria. Pois bem, esse ano fiquei com vontade de falar da minha decepção com essa cidade.
A cada passo para frente são três para trás. Quando um prefeito decide olhar para a região da Cracolândia de uma forma mais humanizada, vem o governador e espanca usuários de droga, simplesmente por achar que eles não são humanos.
Depois das manifestações do ano passado, que eram basicamente pela democratização do transporte, e consequentemente da cidade, vem a Polícia Militar e expulsa à balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo adolescentes que se reúnem no shopping.
Sem contar a vitória do Santos na Copinha... Ai já é demais!
Estamos nos esforçando aqui, mas uma ajudinha cairia bem. Amor não é tudo, e todo mundo que já teve um relacionamento sabe disso. É preciso ter uma relação de troca, de amizade, de carinho, e São Paulo, sinceramente, você é uma merda nisso.
Depois não diz que não avisei.

E parabéns.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Antônia

 Ele foi calculadamente charmoso, calculadamente encantador e calculadamente gentil.
Acordou no dia seguinte e percebeu que tudo aquilo era fingimento. Dele ou dela - não importa - não se sentia mais o mesmo. Nunca foi o mesmo.
As coisas acabam. Não existe motivo para sofrimento. É como aqueles dez minutos antes da explosão... Tudo vai voltar ao pó.
Apenas se tranque em si mesmo e nada, nunca poderá te atingir. Nem a explosão.